Meu estilo (nada muito sério e nada muito engraçado). Always "under construction"!!!!!!!!! " PODEMOS ESCOLHER O QUE PLANTAR , MAS SOMOS OBRIGADOS A COLHER O QUE PLANTAMOS " Provérbio chinês
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
terça-feira, 11 de setembro de 2018
terça-feira, 28 de agosto de 2018
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
quarta-feira, 13 de junho de 2018
domingo, 18 de março de 2018
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
sexta-feira, 5 de janeiro de 2018
Todo dia é ano novo
E aqui estamos, retornando ao início. Um retorno relativo, certamente. Mas para muitas pessoas o simbolismo de um novo ano é também a esperança de renovação. Assim, vamos celebrar aquilo que todos os dias é revelado, mas que imaginamos ocorrer apenas em um dia simbólico.
Que todos os dias sejam novos, como sempre são. Que as oportunidades de começar novamente permaneçam disponíveis, mesmo sob o risco de a maioria não compreender como a mudança é abundante a cada manhã.
Oportunidades serão perdidas, mas as sementes de muitas outras continuarão a germinar.
As ondas da existência golpeiam as areias do tempo. Como uma maravilhosa sinfonia, o som do universo reverbera em nossas palavras, atos e pensamentos. Estamos todos imersos em um eterno retorno, uma implacável onda de renovação e mudança. Somos todos novos, e jamais seremos o que antes imaginamos ser. O retorno, esse sonho de renovação, não é feito do mesmo material de nosso passado.
Não, você não irá obter de volta oportunidades que já se foram. O que irá acontecer amanhã -- na verdade, o que acontece todas as manhãs -- será a anunciação de novas oportunidades para a superação das suas ignorâncias, a cura do canceroso egoísmo a devorar a frágil rede de sua consciência.
Precisamos desta rede de plena atenção. Com ela, e apenas com ela, poderemos pescar as joias de sabedoria dispersas no oceano da vida. Genshō Oshō nos ensina, "Passa um Buda ao nosso lado, e somente enxergamos um homem comum". Todos os dias, deixamos passar essas joias de esclarecimento. Alas, jogamos as pérolas aos porcos, e sequer compreendemos o trágico desperdício.
Continuamos a esperar o próximo retorno. A próxima porta está sempre aberta, mas insistimos esperar a passagem para uma felicidade idealizada. Ela não vem, e mesmo quando imaginamos encontrá-la, ela se mostra estranha, imprevista, impossível de definir.
Sim, a felicidade é possível. Muitos de vocês podem vivê-la, e talvez até a tocaram levemente em um dia qualquer. O sorriso de um filho querido, o carinho da pessoa amada, a beleza de uma nuvem a passar... a felicidade nos envolve todo o tempo, e no entanto nos falta discernimento para entendê-la plenamente. Como um suave toque de brisa em nosso rosto, a felicidade acaricia de passagem nossa mente anuviada. Um dia, quem sabe, poderemos nela habitar.
Ah, quantas maravilhas surgem em nossa vida! Apesar dos medos, das dores e das curvas no caminho, é possível começar novamente; é possível encontrar a cura para as feridas do coração.
Assim, a inexplicável impermanência permanece. Um paradoxo a encantar o universo, um absurdo a definir nossas vidas a cada momento.
E a roda continua a girar. Eterno giro, eterno retorno ao momento presente. Celebremos o hoje. E com o coração pleno de amor, vamos recitar todos os dias a canção da vida.
Que todos sejam felizes. Que muito breve a clareza da sabedoria plena surja em suas mentes. Por favor, pratiquem a paz. Por favor, se esforcem em prol da compaixão. Se não amarmos uns aos outros, não será possível haver cura para o mundo.
E a bela chama continua a iluminar na noite escura. Seguirei, confiante, a tênue luz. Ela me guiará, clara e firme, de volta ao meu verdadeiro lar.
Que assim seja.
"O Eterno Retorno", dezembro 2017
Em nome do Dharma,
Monge Kōmyō
Que todos os dias sejam novos, como sempre são. Que as oportunidades de começar novamente permaneçam disponíveis, mesmo sob o risco de a maioria não compreender como a mudança é abundante a cada manhã.
Oportunidades serão perdidas, mas as sementes de muitas outras continuarão a germinar.
As ondas da existência golpeiam as areias do tempo. Como uma maravilhosa sinfonia, o som do universo reverbera em nossas palavras, atos e pensamentos. Estamos todos imersos em um eterno retorno, uma implacável onda de renovação e mudança. Somos todos novos, e jamais seremos o que antes imaginamos ser. O retorno, esse sonho de renovação, não é feito do mesmo material de nosso passado.
Não, você não irá obter de volta oportunidades que já se foram. O que irá acontecer amanhã -- na verdade, o que acontece todas as manhãs -- será a anunciação de novas oportunidades para a superação das suas ignorâncias, a cura do canceroso egoísmo a devorar a frágil rede de sua consciência.
Precisamos desta rede de plena atenção. Com ela, e apenas com ela, poderemos pescar as joias de sabedoria dispersas no oceano da vida. Genshō Oshō nos ensina, "Passa um Buda ao nosso lado, e somente enxergamos um homem comum". Todos os dias, deixamos passar essas joias de esclarecimento. Alas, jogamos as pérolas aos porcos, e sequer compreendemos o trágico desperdício.
Continuamos a esperar o próximo retorno. A próxima porta está sempre aberta, mas insistimos esperar a passagem para uma felicidade idealizada. Ela não vem, e mesmo quando imaginamos encontrá-la, ela se mostra estranha, imprevista, impossível de definir.
Sim, a felicidade é possível. Muitos de vocês podem vivê-la, e talvez até a tocaram levemente em um dia qualquer. O sorriso de um filho querido, o carinho da pessoa amada, a beleza de uma nuvem a passar... a felicidade nos envolve todo o tempo, e no entanto nos falta discernimento para entendê-la plenamente. Como um suave toque de brisa em nosso rosto, a felicidade acaricia de passagem nossa mente anuviada. Um dia, quem sabe, poderemos nela habitar.
Ah, quantas maravilhas surgem em nossa vida! Apesar dos medos, das dores e das curvas no caminho, é possível começar novamente; é possível encontrar a cura para as feridas do coração.
Assim, a inexplicável impermanência permanece. Um paradoxo a encantar o universo, um absurdo a definir nossas vidas a cada momento.
E a roda continua a girar. Eterno giro, eterno retorno ao momento presente. Celebremos o hoje. E com o coração pleno de amor, vamos recitar todos os dias a canção da vida.
Que todos sejam felizes. Que muito breve a clareza da sabedoria plena surja em suas mentes. Por favor, pratiquem a paz. Por favor, se esforcem em prol da compaixão. Se não amarmos uns aos outros, não será possível haver cura para o mundo.
E a bela chama continua a iluminar na noite escura. Seguirei, confiante, a tênue luz. Ela me guiará, clara e firme, de volta ao meu verdadeiro lar.
Que assim seja.
"O Eterno Retorno", dezembro 2017
Em nome do Dharma,
Monge Kōmyō
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