segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Esperança

Esperança

Mário Quintana


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

ORAÇÃO DE ANO NOVO


Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade,
teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro.
Ao acabar mais um ano, quero te dizer obrigado
por tudo aquilo que recebi de Ti.
Obrigado pela vida e pelo amor, pelas flores, pelo ar
e pelo sol, pela alegria e pela dor,
pelo que é possível e pelo que não foi.
Ofereço-te tudo o que fiz neste ano, o trabalho
que pude realizar, as coisas que passaram pelas minhas mãos
e o que com elas pude construir.
Apresento-te as pessoas que ao longo destes meses amei,
as amizades novas e os antigos amores,
os que estão perto de mim e os que estão mais longe,
os que me deram sua mão e aqueles que pude ajudar,
os com quem compartilhei a vida, o trabalho, a dor e a alegria.
Mas também, Senhor, hoje quero Te pedir perdão.
Perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto,
pela palavra inútil e o amor desperdiçado.
Perdão pelas obras vazias e pelo trabalho mal feito,
perdão por viver sem entusiasmo.
Também pela oração que aos poucos fui adiando
e que agora venho apresentar-te, por todos meus olvidos,
descuidos e silêncios, novamente te peço perdão.
Nos próximos dias começaremos um novo ano. Paro
a minha vida diante do novo calendário que ainda não se iniciou
e Te apresento estes dias,
que somente Tu sabes se chegarei a vivê-los.
Hoje, Te peço para mim, meus parentes e amigos, a paz e a alegria,
a fortaleza e a prudência, a lucidez e a sabedoria.
Quero viver cada dia com otimismo e bondade,
levando a toda parte um coração cheio de compreensão e paz.
Fecha meus ouvidos a toda falsidade e meus lábios a palavras
mentirosas, egoístas ou que magoem.
Abre, sim, meu ser a tudo o que é bom.
Que meu espírito seja repleto somente de bênçãos
para que as derrame por onde eu passar.
Senhor, a meus amigos que lêem esta mensagem,
enche-os de sabedoria, paz e amor. E que nossa amizade dure
para sempre em nossos corações.
Enche-me, também, de bondade e alegria, para que
todas as pessoas que eu encontrar no meu caminho
possam descobrir em mim um pouquinho de Ti.
Dá-nos um ano feliz, e ensina-nos a repartir felicidade.
Amém

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

AUTO ESTIMA E DEVOTEÍSMO

Auto-estima segundo a wikipedia tem o seguinte conceito:

"Em psicologia, autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gregg, 2003)."

A partir dessa premissa quero falar um pouco de como a auto-estima do deficiente poder a vir a ter alterações em contato com o devoteísmo.
Por mais que escrevamos e digamos que ser deficiente nos dias de hoje seja diferente de há alguns anos, não podemos fingir que somos vistos como pessoas convencionais. Através do olhar do outro muitas vezes a nossa auto-estima se deteriora, pois fazemos dos olhares alheios o nosso próprio espelho.

Uma situação muito comum para os/as deficientes, é serem vistos como bons amigos, como bons companheiros ou confidentes. Enfim em um meio social que cultua o convencional passam a ser assexuados. Quando saem dessa linha, quando ousam, os comentarios feitos são em sua maioria em tom de deboche e preconceito.

Onde entra o devoteísmo em meu raciocínio? Não sou mais uma neófita nesse universo e nem os olhares alheios me atingem. Mas não posso desconsiderar o efeito que o devoteísmo possa ter em qualquer deficiente, homem ou mulher, em sua auto-estima em um primeiro contato.
Principalmente se o meio em que vive for inóspito.

No devoteísmo tudo que era negativo passa a somar, passa a encantar, revira-se as entranhas do convencionalismo para ser uma obra de arte surreal apreciada e desejada como tal. A auto-estima do deficiente passa por uma transformação. Há aqueles deficientes que negam esse encantamento, negam o fascínio dos desejos tortos, negam serem vistos como objetos, segundo eles. Mas ainda assim, têm consciência que são desejados.

E existem aqueles que se deixam levar pelo devoteísmo como se fosse uma droga para todos os dissabores que possam ter tido em suas vidas enquanto deficientes.
Mas nesse caminho muitas magoas podem se acumular. Não é segredo para ninguém que dentro do devoteísmo temos as mais variadas personalidades e formas de exercer essa atração. Então a mesma auto-estima que um dia teve seu up, começa a pregar peças na necessidade de não se manter mais em alta se não tiver contatos efetivos com devotees.

No vai e vem dos devotees, surgem as dúvidas: “O que tem de errado comigo? Se sou deficiente, por que eles não me querem além de uma noite, duas, ou por que não sou a única?”
A auto-estima consequentemente cai consideravelmente nesses casos a ponto de se sujeitarem a receber migalhas na ânsia de fugazes momentos em que se sintam bem novamente.

Mas o problema não está no/na deficiente e sim nesses relacionamentos que vão perpetuando o mito que ser devotee é ser colecionador, que ser devotee é ser compulsivo, que ser devotee é ter quantas mulheres quiser e sempre com a conivência das mesmas.

Se existe a compulsão, se existem as coleções, se a idéia de que o devoteísmo não comporta outro tipo de relacionamento se não o aberto, é porque os/as deficientes compactuam com isso.

A auto-estima retrata com exatidão como se processam as relações devotee/deficiente. Pois se nos acostumamos ao que é ruim esquecemos que podemos ter relacionamentos muito melhores até mesmo dentro do devoteísmo.

O equilíbrio se faz necessário em nosso Universo. É preciso sim, ter uma auto-estima elevada para que não nos deixemos atropelar por preconceitos que trazemos através dos anos, mas essa auto-estima que se modifica com o conhecimento do devoteísmo não pode e não deve pautar nossas vidas e nem nossas relações humanas. Digo humanas pois vejo que muitas vezes os/as deficientes se atropelam sem um resquício de dignidade. O importante é ter no devoteísmo um incentivo, uma forma de relacionamento, mas não fazer dele o centro de nossas vidas. Um/a deficiente que pauta sua auto-estima colecionando devotees ou almejando se relacionar com esse ou aquele mesmo sabendo do comprometimento existente entre algumas deficientes e alguns devotees não pode mais tarde fazer cobrança alguma, pois nem mesmo terá sua auto-estima em socorro.

É um caminho degradante, infelizmente.

Auto-estima e ego se completam quando um e outro dentro do devoteísmo conseguem se suprir sem violentar a dignidade.

Regina do blog http://desejostortos.blogspot.com/

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

THE ONE

Meu fim de tarde e boa parte da noite foi diante da TV, zapeando entre Globo News e CNN. Não fazia isso desde o atentado de 11 de setembro. Só tirava os olhos da tela pra trocar torpedos com amigos igualmente estupefactos. Tentei escrever no calor da emoção, mas as palavras não saiam, as idéias não se concretizavam, o raciocínio não seguia uma reta. O frio na barriga era maior que tudo. Vem aí um texto sem pé nem cabeça. Quase como a vida de Michael Jackson.

Eu realmente não sei por onde começar nem que rumo dar a minha prosa. Mas a verdade é que eu não imaginava que a morte do ídolo pop fosse mexer tanto comigo. Aliás, eu não imaginava nem que ele fosse capaz de morrer. Sabe essas pessoas que a gente vê desde sempre e que quando “desaparecem” nos deixa uma sensação estranha? Sei lá, que uma página se virou também na nossa vida?


Quando pequeno era fascinado pelos clipes de “Thriler”, de “Bad”, sem saber que ali a música pop estava sendo revolucionada. Surgia o videoclipe, uma nova maneira de se vender música. A partir dali os artistas tinham que correr atrás e não dava mais pra ser apenas o registro de uma canção sendo tocada. Era mais. Tinha até Martin Scorcese dirigindo!
Surgia o Rei do Pop, o maior vendedor de discos da história (750 milhões não é pouco, não!), uma revolução na música, um negro ultrapassando a fronteira e, por que não, abrindo espaço pra toda uma geração que viria depois, incluindo a turma do hip-hop, hoje consumida também no “mundo dos brancos” graças ao crossover, à barreira rompida ali atrás por Michael Jackson.

Pô, o cara foi produzido por Quincy Jones! Fez – principalmente nos três primeiros discos, os dessa parceria – hits que animam qualquer festa até hoje. É quase uma regra. Se a pista começar a esvaziar é só soltar “Don’t Stop ‘Til Get Enough” que ela bomba de novo. E quem disser que nunca fez o “moonwalk” numa festinha - nem que seja de gaiatice – está mentindo.

Pura música de crioulo, digna de Marvin Gaye, Stevie Wonder, qualquer um desses gênios da soul music. Música de preto é que boa! Michael Jackson veio do meio deles. Aos 10 anos, cabelinho black power, já se destacava dentre os irmãos com The Jackson 5, ali entre as feras da Motown – o maior celeiro da música black. “ABC”, “I Want You Back”, “I’ll Be There”… um hit atrás do outro – junto com, dizem, uma surra paterna atrás da outra - até chegar a carreira solo no ano em que nasci, com o início da tal parceria com Quincy Jones













A medida que ia deixando de ser negro, começava a descida da ladeira. E, sinceramente, agora não me interessa – e não sei realmente se um dia me interessou – se ele tinha vitiligo, se dormia numa bolha, se vivia operando o nariz por (falta de) estética ou pelo desvio do septo nasal… isso é o de menos. Já branco o cara ainda continuava produzindo e veio com aquele clipe histórico, a mega produção “Black Or White”, talvez sua última música realmente boa, em “Dangerous”, disco que traz também a suingadinha “Remember The Time”.

Lembro quando o clipe estreou no Fantástico, trazendo o recém-astro Macaulay Culkin. Quando começou também a história das criancinhas. Tudo nunca explicado, tudo muito comentado. A medida que seu nariz mudava de formato, que seu rosto se deformava, novos boatos surgiam. E numa época em que a indústria das fofocas de celebridades ganha cada vez mais espaço, foi lá que Michael passou a figurar com mais intensidade.

Isso agora pouco me importa. Se o cara vendeu milhões, ganhou mais de uma dezena de Grammys, se construiu uma roda gigante no jardim de casa, se faliu, se virou uma figura bizarra, se seduziu criancinha, se saía de máscara, se pirou, se vivia a síndrome de Peter Pan… não tô nem aí. São muitas as especulações, nenhuma certeza. Loucura, doença, traumas de infância… o que me interessa num artista é o legado que ele deixa. A obra. A história.

Pô, o cara foi parceiro de Paul McCartney! Depois deu uma volta e comprou os direitos das músicas dos Beatles. E mais tarde ainda casou com a filha do Elvis! Mais pop impossível.

Tão pop que, mesmo agora, mostrou sua força quando anunciou para este ano sua nova e saideira turnê (“This Is It”, literalmente traduzido como “É Isso”) e teve os ingressos para os 50 shows esgotados em minutos. Mais de 700 mil ingressos vendidos em menos de uma hora!

Sua saída repentina de cena (essa, a definitiva) pode ter sido mais uma estratégia de marketing. Fechar a cortina antes que o fim do poço não apresente mais uma mola. Quem sabe ele não está vivo e só resolveu se esconder pra evitar a derrocada? Como Elvis Presley (seu ex-sogro), Jacko talvez também não tenha morrido. Foi só dar um tempo na Terra do Nunca.

É de madrugada. Já dormi e acordei de novo. A TV está ligada na CNN, agora com depoimentos de amigos, parceiros, fãs, até Uri Geller já andou falando (é o mesmo Uri Geller ou só homônimo?). Realmente é difícil acreditar. Tem mortes que a gente simplesmente não espera. Me dá uma sensação do tempo passando. Quando criança jamais poderia imaginar que um dia Dr. Roberto Marinho morresse. Que um dia Dercy Gonçalves, Clodovil não estivessem mais entre nós. Muita gente vai entender o que eu estou querendo dizer.

Quer dizer… talvez nem eu saiba. Tento me inspirar ouvindo as músicas que tenho no meu IPod. Confesso que não são muitas. Bem menos que Beatles, Marley, Dylan ou Stones. Mas aí vem “Rock With You” e é suingue puro.

Não sou um especialista em música, um profundo conhecedor. Sou apenas um curioso, um fã, um “público comum”. Que estava no Morumbi lotado no começo dos anos 90, na pista, com amigos do colégio, me acabando de dançar diante do Rei do Pop. O que me dá hoje, nesse fim de tarde/noite/madrugada esquisitos, um certo consolo. Eu o vi ao vivo.

Pronto. No meu ITunes agora toca “Billie Jean” e é simplesmente avassalador. Vou desligar o computador, jogar a insônia pro alto e dançar sozinho na sala.

BRUNO MAZZEO

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

"Eu quero uma pra viver..."

O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar
A conta do analista
Prá nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! saber quem eu sou..
Trecho de Ideologia Cazuza/Frejat

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Você pode não ser responsável pelas suas origens, mas é certamente responsável pelo seu futuro"..

Dê uma olhada em você no espelho, quem você vê te olhando? É a pessoa que você quer ser? Ou é alguém que você queria ser? A pessoa que você deveria ser, mas acabou não sendo? É alguém dizendo a você que você não pode ou não quer? Porque você pode. Acredite que o amor está por aí. Acredite que sonhos se realizam todos os dias. Porque eles se realizam. Às vezes, a felicidade não vem do dinheiro, da fama ou do poder. Às vezes, a felicidade vem dos bons amigos e da família e da tranqüila nobreza de se guiar uma boa vida. Acredite que sonhos se realizam todos os dias. Porque eles se realizam. Então de uma olhada nesse espelho e lembre-se de ser feliz, porque você merece ser. Acredite nisso. E acredite que sonhos se realizam todos os dias. Porque eles se realizam

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A CRÔNICA

Tempo de delicadeza



Affonso Romano de Sant’Anna



Sei que as pessoas estão pulando na jugular umas das outras.



Sei que viver está cada vez mais dificultoso.

Mas talvez por isto mesmo ou talvez devido a esse setembro azulzinho, a essa primavera que vem aí, o fato é que o tema da delicadeza começou a se infiltrar, digamos, delicadamente nesta crônica, varando os tiroteios, os seqüestros, as palavras ásperas e os gestos grosseiros que ocorrem nos cruzamentos da televisão ou do cinema com a própria vida.



Talvez devesse lançar um manifesto pela delicadeza. Drummond dizia: ‘‘Sejamos pornográficos, docemente pornográficos’’. Parece que aceitaram exageradamente seu convite, e a coisa acabou em ‘‘grosseiramente pornográficos’’. Por isto, é necessário reverter poeticamente a situação e com Vinicius de Moraes ou Rubem Braga dizer em tom de elegia ipanemense:



Meus amigos, meus irmãos, sejamos delicados, urgentemente delicados. Com a delicadeza de São Francisco, se pudermos. Com a delicadeza rija de Gandhi, se quisermos.



Vejam o nosso sedutor e exemplar Vinicius, que há 20 anos nos deixou, delicadamente. Era um profissional da delicadeza. Naquela sua pungente Elegia ao primeiro amigo, nos dizia:



‘‘Mato com delicadeza. Faço chorar delicadamente

E me deleito. Inventei o carinho dos pés; minha alma

Áspera de menino de ilha pousa com delicadeza sobre um corpo de adúltera.

Na verdade, sou um homem de muitas mulheres, e com todas delicado e atento.

Se me entediam, abandono-as delicadamente, desprendendo-me delas com uma doçura de água.

Se as quero, sou delicadíssimo; tudo em mim

Desprende esse fluido que as envolve de maneira irremissível

Sou um meigo energúmeno. Até hoje só bati numa mulher

Mas com singular delicadeza. Não sou bom

Nem mau: sou delicado. Preciso ser delicado

Porque dentro de mim mora um ser feroz e fratricida

Como um lobo.’’



Está aí: porque somos ferozes precisamos ser delicados. Os que não puderem ser puramente delicados, que o sejam ferozmente delicados. Lembram-se de Rimbaud? Ele dizia: ‘‘Por delicadeza, eu perdi minha vida’’.



Há pessoas que perdem lugar na fila, por delicadeza. Outras, até o emprego. Há as que perdem o amor por amorosa delicadeza. Sim, há casos de pessoas que até perderam a vida, por pura delicadeza.



Confesso que, buscando programas de televisão para escapar da opressão cotidiana, volta e meia acabo dando em filmes ingleses do século passado. Mais que as verdes paisagens, que o elegante guarda-roupa, fico ali é escutando palavras educadíssimas e gestos elegantemente nobres. Não é que entre as personagens não haja as pérfidas, as perversas. Mas os ingleses têm uma maneira tão suave, tão fina de ser cruéis, que parece um privilégio sofrer nas mãos deles.



A delicadeza não é só uma categoria ética. Alguém deveria lançar um manifesto apregoando que a delicadeza é uma categoria estética.



Ah, quem nos dera a delicadeza pueril de algumas árias de Mozart. A delicadeza luminosa dos quadros dos pintores flamengos, de um Vermeer, por exemplo. A delicadeza repousante das garrafas nas naturezas-mortas de Morandi. Na verdade, carecemos da delicadeza dos adágios.



Sei que alguém vai dizer que com delicadeza não se tira um MST — com sua foice e fúria — dos prédios ocupados. Mas quem poderá negar que o poder tem sido igualmente indelicado com os pobres desse país há 500 anos?



Penso nos grandes delicados da história. Deveriam começar a fazer filmes, encenar peças sobre os memoráveis delicados. Vejam o Marechal Rondon. Militar e, no entanto, como se fora um místico oriental, cunhou aquela expressão que pautou o seu contato com os índios brasileiros: ‘‘Morrer se preciso for, matar nunca’’.



Sei que vão dizer: a burocracia, o trânsito, os salários, a polícia, as injustiças, a corrupção e o governo, não nos deixam ser delicados.



— E eu não sei?



Mas de novo vos digo: sejamos delicados. E se necessário for, cruelmente delicados.

sábado, 24 de outubro de 2009

Show Roupa Nova - Uberlândia 2007 e Formatura Letras 2001

Top!

rsrs

I´ll remember
Eu vou me lembrar
Escrita por Madonna, Patrick Leonard e Richard Page

Say good-bye
To not knowing when
The truth in my whole life began
Say good-bye
To not knowing how to cry
You taught me that

And I'll remember
The strength that you gave me
Now that I'm standing
on my own
I'll remember
The way that you saved me
I'll remember

Inside
I was a child
That could not mend
a broken wing
Outside
I looked for a way
To teach my heart to sing

And I'll remember
The love that you gave me
Now that I'm standing
on my own
I'll remember
The way that you changed me
I'll remember

I learned
To let go
Of the illusion that we can possess
I learned
To let go
I travel in stillness
And I'll remember
Happiness
I'll remember
I'll remember

And I'll remember
The love that you gave me
Now that I'm standing
on my own
I'll remember
The way that you changed me
I'll remember

No I've never been afraid to cry
Now I finally have
a reason why
I'll remember
No I've never been afraid to cry
Now I finally have
a reason why
I'll remember

Outra diva!!!!!!!


Caga no maiô (como dizem na comunidade do orkut) mas tudo bem! A amo não pelo que ela é agora, mas por tudo que representou em meu caminho com Crazy for you, Papa don´t preach Like a prayer, Rain... etc

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

AMEI!!!!

http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/arch2009-10-01_2009-10-31.html#2009_10-19_00_00_15-129797961-0

MAIS TATI BERNARDI, SEMPRE TATI BERNARDI DE NOVO O "TRIZ"


Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro.
Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto.
O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.

TRIZ POR TATI BERNARDI EM 11/2006

sábado, 17 de outubro de 2009

VIVÊNCIA LIMITADA

A. impossibilidade de participar de todas as combinações em desenvolvimento a qualquer instante numa grande cidade tem sido uma das dores de minha vida. Sofro como se sentisse em mim, como se houvesse em mim uma capacidade desmesurada de agir. Entretanto, na parte de ação que a vida me reserva, muitas vezes me abstenho e outras me confundo. [...] A ideia de que diariamente, a cada hora, a cada minuto e em cada lugar se realizam milhares de ações que me teriam profundamente interessado, de que eu certamente deveria tomar conhecimento e que entretanto jamais me serão comunicadas — basta para tirar o sabor a todas as perspectivas de ação que encontro à minha frente. O pouco que eu pudesse obter não compensaria jamais esse infinito perdido. Nem me consola o pensamento de que, entrando na confrontação simultânea de tantos acontecimentos, eu não pudesse sequer registrá-los, quanto mais dirigi-los à minha maneira ou mesmo tomar de cada um o aspecto singular, o tom e o desenho próprios, uma porção, mínima que fosse, de sua peculiar substância.

Carlos Drummind de Andrade, in 'Confissões de Minas'

SEMPRE...


A diva de todos os tempos:
BETTE DAVIS

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Que sente saudade que não me esqueceu

POEMA XVII - Pablo Neruda

Não te amo como se fosses rosa de sal, topazio ou flecha de cravos que propagam o fogo: te amo como se amam certas coisas escuras, secretamente, entre a sombra e a alma.

Te amo como a planta que não floresce e leva dentro de si, escondida, a luz daquelas flores, e graças a teu amor vive obscuro em meu corpo o apertado aroma que nasceu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem de onde, te amo diretamente sem problemas nem orgulho: assim te amo porque não sei te amar de outra maneira, senão assim deste modo em que não sou nem és, tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se cerram teus olhos com meu sono.

Pablo Neruda - Cem Sonetos de Amor

Nada mudou como diria Léo Jaime

Quinta-feira, 8 de Janeiro de 2009

Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias.
Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho.

BY TATI BERNARDI
PHODA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

UM DIA EU APRENDO...

Um dia eu aprendo...
-Física, química e matemática
-A cantar sem errar a letra
-A valorizar minhas coisas
-Falar sem machucar ninguém
-Que nem tudo é do jeito que queríamos que fosse
-Que não posso fazer tudo o que queria
-Que não posso ajudar a todos que precisam
-A ter cara e coragem pra falar o que penso
-Que nem todos os exemplos são pra ser seguidos
-Que as vezes precisamos ceder também
-Sobre a fragilidade da vida e da bolha de sabão
-Que é melhor a repreensão de um sábio do que o elogio de um tolo
-Que é impossível agradar todo mundo
-A aceitar meus erros e derrotas com a cabeça erguida
-O valor de um "eu te amo"
-Que amizades verdadeiras é difícil de se encontrar e que devemos guardá-las e valorizá-las
-Que se deve aprender com o erro dos outros e não só passando por eles
-Que Deus me ajuda, mas também devo fazer minha parte
-Que se eu quiser fazer algo de errado eu posso, mas não tenho o direito de levar alguém junto
-O propósito de estar vivo
-A fórmula do amor!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

You´l remember a place

Snif, snif

ahhhhhhhhhhh

Happy
Michael Jackson
Composição: Indisponível

Sadness had been close as my next of kin
Then Happy came one day, chased my blues away
My life began when Happy smiled
Sweet, like candy to a child
Stay here and love me just a while
Let sadness see what Happy does
Let Happy be where Sadness was

Happy, that's you
You made my life brand new
Lost as a little lam was I till you came in
My life began when Happy smiled
Sweet, like candy to a child
Stay here and love me just a while
Let sadness see what Happy does
Let Happy be where Sadness was
(Till now)

Where have I been?
What lifetime was I in?
Suspended between time and space
Lonely until Happy came smiling up at me
Sadness had no choice but to flee
I said a prayer so silently
Let Sadness see what Happy does
Let Happy be where Sadness was till now

Bye dear!!!!

domingo, 19 de abril de 2009

Drummond...

Desejo a você…
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Crônica de Rubem Braga
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Uma tarde amena
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

AFF!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



HÁ MUUUUUITO TEMPO EU NÃO ME APAIXONAVA POR ALGUÉM DE HOLLYWOOD!!!!!!!!! G-ZUIS!!!!!!!!!!!!

The More Loving One by W.H. Auden



Looking up at the stars, I know quite well
That, for all they care, I can go to hell,
But on earth indifference is the least
We have to dread from man or beast.

How should we like it were stars to burn
With a passion for us we could not return?
If equal affection cannot be,
Let the more loving one be me.

Admirer as I think I am
Of stars that do not give a damn,
I cannot, now I see them, say
I missed one terribly all day.

Were all stars to disappear or die,
I should learn to look at an empty sky
And feel its total darkness sublime,
Though this might take me a little time.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Snif...

Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias.
Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho.

BY TATI BERNARDI

The Object of My Affection Trailer

YIN E YANG

Segundo a filosofia chinesa o yin yang é a representação do bem e do mal, sendo o princípio da dualidade, onde o bem não vive sem o mal e vice e versa. O criador desse conceito foi I Ching, ele descobriu que as formas de energias existentes possuem dois pólos e identificou-o como Yin e Yang. O Yin representa a escuridão, o princípio passivo, feminino, frio e noturno. Já o Yang representa a luz, o princípio ativo, masculino, quente e claro. Além disso, também são indicados como o Tigre e o Dragão, representando lados opostos. Quanto mais Yin você possuir, menos Yang terá e, quanto mais Yang possuir menos Yin você terá. Essa filosofia diz que para termos corpo e mente saudável é preciso estar em equilíbrio entre o Yin e o Yang. Há sete leis e doze teoremas da combinação das energias Yin e Yang:

As leis são;

1. Todo o universo é constituído de diferentes manifestações da unidade infinita;
2. Tudo se encontra em constantes transformações;
3. Todas as contrariedades são complementares;
4. Não há duas coisas absolutamente iguais;
5. Tudo possui frente e verso;
6. A frente e o verso são proporcionalmente do mesmo tamanho;
7. Tudo tem um começo e um fim.

Os teoremas são;

1. Yin e Yang são duas extremidades de pura expansão infinita: ambas se apresentam no momento em que a expansão atinge o ponto geométrico da separação, ou seja, quando a energia se divide em dois;
2. Yin e Yang originam-se continuamente da pura expansão infinita;
3. Yang tende a se afastar do centro; Yin tende a ir para o centro; E ambos produzem energia;
4. Yin atrai Yang e Yang atrai Yin; Yin repele Yin e Yang repele Yang;
5. Quando potencializados, Yin gera o Yang e Yang gera o Yin;
6. A força de repulsão e atração de todas as coisas é proporcional à diferença entre os seus componentes Yin e Yang;
7. Todos os fenômenos têm por origem a combinação entre Yin e Yang em várias proporções;
8. Os fenômenos são passageiros por causa das constantes oscilações das agregações dos componentes Yin e Yang;
9. Tudo tem polaridade;
10. Não há nada neutro;
11. Grande Yin atrai pequeno Yin; o grande Yang atrai o pequeno Yang;
12. Todas as solidificações físicas são Yin no centro e Yang na periferia.
O Yin e o Yang são representados pela figura abaixo:

O lado negro é o Yin e o branco o Yang; o pequeno círculo branco no lado negro significa que o Yin possui o Yang e, o círculo que o lado branco possui significa que Yang possui Yin.

Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola

SEMPRE: A METADE DA MAÇÃ

DIA DO SHOW:
07-12-08




SORRISO ABERTO E ROUPA NOVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!